Cavaco Silva aposta na estabilidade!!!
Porque se não houver estabilidade os portugueses e as empresas pagam mais juros!!!
Esta é uma falsa questão. De meninos!
O que a União Europeia, os mercados financeiros, os investidores internacioanis , os portugueses e as empresas precisam é de mudança. De uma mudança firme, consistente.
O que tem prejudicado Portugal, os portugueses e as empresas portuguesas, é a imagem que damos ao estrangeiro de um Povo pobre, inculto, que vive ainda no imobilismo, que não gosta de trabalhar, que é malando, com políticos calões, preguiçosos.
Com uma Justiça classista, sem força para combater o crime organizado a partir de centros de poder tradicionais, com juízes e procuradores dominados pelos tostões, sem novas ideias , ideias democráticas.
Portugal tem de mudar!
Cavaco Silva tem de perceber que Portugal hoje ou evolui para padrões de excelência, de esforço, de trabalho, ou morre na praia, dominada pelos interesses espanhóis e por uma classe política geneticamente ligada à calanzice, a padrões que já ninguém conhece, tão velhos e degradados estão.
Portugal só pode transmitir credibilidade se apostar na mudança.
A estabilidade é sinónimo de miséria, de políticas passadas. De mais pobreza e menos capacidade de concorrência.
Eu estou em crer que Cavaco Silva teve um momento de fraqueza e mandou o seu assessor tentar a manobra das escutas a Belém. Cavaco ficou nas mãos do PS!
O PS aproveitou a informação e meteu Cavaco Silva no bolso. Cilindrou-o.
Hoje solução das finanças públicas portuguesas, a credibilidade de Portugal, não está em manter Sócrates e o PS no Poder, que foi a mensagem de Cavaco Silva na RTP, mas na mudança.
Os investidores estrangeiros ficarão mais optimistas se Cavaco Silva disser que a Justiça Portuguesa vai ser célere, que os corruptos serão presos, ainda que sejam amigos do Presidente da República - caso BPN e BP - ; que as empresas vão a Tribunal processar os devedores e em 4 ou 5 meses há decisão; que a PJ não fica refém do PM do Reino Unido porque há uns tipos amigos de Gordon Brown; que o caso BPN , o Caso Operação Furacão, o caso Freeport, o caso Casa Pia, o caso Universidade Independente, os casos nos Tribunais Administratiovos são decididos em prazo razoável.
Cavaco Silva pensa que Portugal ainda vive nos tempos das Colónias, tempo em que nós teriamos sempre dinheiro, porque os íamos buscar a Angola, a Timor, a Moçambique.
Os tempos mudaram.
Cavaco Silva é Professor Universitário! Tudo bem!
E depois?
Sabe em que economia é professor? Sabe que é a pior da União Europeia ou esqueceu-se?
Qualquer aluno da Faculdade de Direito estuda finanças públicas, impostos, economia política, direito económico.
Qualquer licenciado em Direito conhece todas as teoria que o senhor estudou e ensinou! Nâo nos ensina nada, Prof. Cavaco Silva.
O que o senhor devia era perguntar ao "analfabeto" Lula da Silva, Presidente do Brasil, como é que ele não é professor de economia e faz melhor que o senhor!
O problema é saber aplicá-las e para isso era necessário uma mudança de mentalidades.
Cavaco Silva nada ensina aos alunos de direito, aos licenciados em direito, e era bom que o soubesse!
Os professores da Faculdade de Direito sabem tanto quanto Caaco Silva em matéria de Finanças Públicas, os mecanismos de controlo orçamental.
Cavaco Silva é o passado!
Os novos tempos, os tempos futuros exigem outras aporias, outros arrojos.
Seria bom que Cavaco Silva se rodeasse de políticos estrangeiros, economistas estrangeiros como assessores.
Não seria mau, seria muito bom, porque isso sim era ´a mudança.
Que interessa andar em Andorra a adolar os emigrantes se depois estes emigrantes chegam a Portugal e são tratados com inveja, são explorados a ponto de querem voltar para o estrangeiro , desmotivados?
Abra os olhos, homem de Poço de Boliqueime, que nós temos filhos para criar e um Portugal para revigorar.
O senhor está a ser um péssimo Presidente da República.
Só Sócrates lhe agradece a entrevista.
O imobilismo passa por Belém?
Caro
ResponderEliminarDr. Martins,
Em pimeiro lugar, congratulo-me por ter este novo blogue e ter dado novamente a possibilidades dos comentadores aqui poderem escrever.
Quanto ao PR, bom, não vi a entrevista na integra e não quero ser injusto, mas, pelo que vi e ouvi, sinceramente, apenas veio reforçar a opinião que tinha de Cavaco Silva, ou talvez nem seja bem uma opinião, é antes um pressentimento, um pressentimento que me diz que há qualquer coisa errada, que faz com que Cavaco Silva seja quase uma figura decorativa, a tal ponto, que por vezes até nos esquecemos que existe.
Ora, no meu modesto entender, um PR é o representante directo do Povo, não é ou deve ser, um representante de nenhum grupo, partido ou até do Governo, ele tem quanto a mim, duas obrigações muito importantes; a primeira, é vigiar qualquer desvio grave do governo evitando casos perigosos quer para a Democracia, quer colocando o país numa situação de incapacidade económica como é o caso; o segundo, é manter uma relação de proximidade com o povo, não faz sentido essa conversa de colaboração institucional ou lá o que seja, isso, não deve ser uma espécie de chá das 5 entre amigos, a função e a obrigação do PR é exactmente não claudicar sobre o ponto que for em relação ao Governo ou a qualquer outro orgão de Soberania, ele, como primeiro magistrado da Nação, como Comandante supremo das Forças Armadas, tem de ter noção desse poder, não evidentemente para andar a fazer guerras ao governo, mas, para passar a este a mensagem de que não ocupa só esse lugar para ver passar os eléctricos.
Ou será que alguém plenamente consciente da vida actual, não percebe que ninguém cá vem investir como uma Justiça que trabalha ao "ralenti", pouco eficaz, que o povo tem pouca e má formação profissional, que o país está sem rumo, que não há disciplina a começar nas escolas, que não há, inclusivamente, esperança entre os portugueses, será que o PR acredita que é assim que alguém vem arriscar o seu dinheiro neste país? Ainda por cima, quando o 1º Ministro andava todo eufórico a dizer que a Economia portuguesa estava a recuperar e afinal, como saiu recentemente a público, afundou-se mais uns pontos no último trimeste do ano passado???
Pois, é precisamente neste ponto que não percebo o Prof. Cavaco Silva, será que na sua óptica, pode o governo fazer o que lhe der na real gana e ele para não quebrar o tal laço de "solidariedade" tem de permitir tudo e mais alguma coisa???
(Continua)
(conclusão)
ResponderEliminarSerá, que o 1º Ministro faz o mesmo???
Não me parece, e é neste ponto que não percebo o actual PR, quem não se lembra da sua atitude como 1º Ministro, quase arrogante, com uma imagem que nos fazia lembrar, ainda que de uma forma mais atenuada, a figura de Salazar, com um quase "posso, quero e mando", e agora o seu papel apagado de 1ª figura do Estado, demonstra uma completa inversão dessas atitudes, o que terá originado essa situação???
Será da idade? Mas Cavaco Silva ainda não está propriamente gagá, ainda não está propriamente um velho decrépito, então qual será a causa desta aparente ausência, será que alguém com dois dedos de miolos acredita que é apenas por solidariedade institucional que Cavaco se mantém pouco mais do que calado???
Será, que é por causa disso que os investidores estrangeiros, não sabem o que realmente se passa no país, que não sabem, até melhor do que nós, qual a real situação da nossa Economia???
Eu, já não sou propriamente um jovem, e a experiência da vida ensinou-me, que, quando alguém com um posto importante deixa os seus "subordinados" fazerem o que querem, alguma coisa de anormal se passa.
Seria isso que era bom perceber, caso contrário, Cavaço Silva, arrisca-se a ser o primeiro PR na época pós-PREC que não será reconduzido 2ª vez.
Cumprimentos.
LUSITANO
Caro Dr.
ResponderEliminarTem toda a razão. Mas é preciso perceber que Cavaco Silva está numa fase crítica, porque dentro de alguns meses vai a votos. E é apenas isso que agora conta. E é por isso que aposta na famigerada estabilidade.
Só poderemos contar com a criatura depois de instalado no segundo mandato. Tal como aconteceu com os seus antecessores...
... mas se o PR pôe os seus interesses particulares (quando se fala do segundo mandato), acima dos da Nação a quem, sob juramento, garantiu defender... bem, então é mais "farinha do mesmo saco" e, portanto, tanto vale este como um outro (almirante) qualquer.
ResponderEliminarCaro senhor Voorttrekker
ResponderEliminarO que me deixa perplexo é o facto de, quase 500 anos depois da morte de Nicolau Maquiavel, haver pessoas que ainda acreditam que há pollíticos que colocam o bem público acima das suas ambições de poder.
Que fique bem claro. Eles são todos "farinha do mesmo saco", como muito bem diz. E só quando o bem público encaixa nas ditas ambições é que fazem qualquer coisa de útil. A menos que lhes deixemos a sensação de que a maior ambição que lhes resta é manter a cabeça agrarrada ao pescoço...