quinta-feira, 15 de abril de 2010

Em defesa do juiz Baltazar Garzon - Não à perseguição criminal do juiz.

O juiz Baltazar Garzon está a ser perseguido no Tribunal Supremo espanhol,  por ter iniciado investigações sobre o genocidio cometido na guerra civil espanhola.
É infâme para a Ideia de Democracia que se possa perseguir criminalmente um juiz pelo facto de ter aberto investigação sobre a morte de centenas de milhares de pessoas, incluindo crianças.
O crime de genocidio não prescreve nem está a coberto de leis de amnistia.
Mas o mais gravé é que o juiz instrutor do processo contra Baltazar Garzon, além de ter sido juiz do franquismo NÃO PERMITIU A PRODUÇÃO DE PROVAS INDICADAS PELO JUIZ BALTAZAR GARZON.
Eu conheço o escrito de defesa do juiz Baltazar Garzon, que foi publicado , na integra pelos jornais espanhóis, e que é o seguinte:http://www.elpais.com/elpaismedia/ultimahora/media/201004/10/espana/20100410elpepunac_2_Pes_PDF.pdf
 Creio que é intolerável em Democracia que um juiz seja acusado por prevaricação, imputando-lhe que a suja posição é insustentável e depois não se lhe permita provar por testemunhos que uma corrente jurisprudencial aceitável, seguida por outros juízes seus pares, vai no mesmo sentido.
Já alguma vezes discordei da posição de Baltazar Garzon, nomeadamente na questão Basca.
Porque eu entendo que terrorismo não, mas o Povo do País Basco , como o da Catalunha, tem o direito à autodeterminação e independência, à luz da Carta das Nações Unidas.
Mas este processo contra Baltazar Garzon é indamissível, intolerável , porque é uma ofensa enorme aos principios do direito das nações civilizadas que não se permita , em instrução, que o arguido se defenda.
Os juízes não podem permitir esta ofensa.
Os Democratas têm de reagir.
Sei que se abrirão feridas em Espanha com a investigação aos crimes do Franquismo.
Mas é o preço da Democracia, que não permite que não se descubra a verdade, que não sejam perseguidos  os torcionários.
Muitos portugueses de Olivença foram mortos e deportados para outras zonas, para matar a memória portuguesa e permitir o aniquilimento da ideia de portugalidade.

Em Defesa do Juiz  Baltazar Garzon Real.

8 comentários:

  1. O que está a acontecer com Garzon é a prova viva de que não existe actualmente justiça nos tribunais e de que a extrema-direita, sentindo-se encurralada, reage acima da lei, em desespero. Sem dúvida, caminhamos para um novo mundo dominado por esta elite não-democrática, para pasmo de todos... ninguém reage...

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  2. É, está tudo podre: em Portugal, em Espanha, mas também bem no coração da Europa, onde os superfuncionários devem ter uma barriga diferente da nossa. Vejam só as reformas (e demais regalias e ajudas) que esta maltosa vai (está!) a receber...e bastam 16 aninhos para receber quase 70% de ordenados, já de si, bem chorudos.

    Exemplos:
    1. Roger Grass, Secretário do Tribunal Europeu de Justiça, receberá € 12 500 por mês de pensão.
    2. Pernilla Lindh, o juiz do Tribunal de Primeira Instância, € 12 900 por mês.
    3. Damaso Ruiz-Jarabo Colomer, advogado-geral, 14 000 € / mês.

    E o nosso querido Durão Barroso (José Manuel lá para os amigos de Bruxelas, que não são capazes de dizer as consoantes nasais...), que recebe 29.504 euros (mais do que o Presidente dos Estados Unidos), "tem direito" a receber de reforma, pelos seus primeiros 5 anos...

    5 220,37 €

    (http://www.sauvegarde-retraites.org/docs/Retraite_Hauts_fonctionnaires_europeens_Annexe_3_Etude_27.pdf)


    http://www.lepoint.fr/actualites-economie/2009-05-19/revelations-les-retraites-en-or-des-hauts-fonctionnaires-europeens/916/0/344867

    Relatório completo aqui para verem quanto ganham estes nababos:
    http://www.lepoint2.com/sons/pdf/Etude-Hauts-Fonctionnaires-Europeens.pdf

    É simplesmente escandaloso. Como alguém disse num dos comentários no le point, "estes eleitos arrogam para si privilégios completamente anacrónicos, que a apatia generalizada do povo autoriza".
    Está na hora de fazer jus à letra do hino nacional: "Às armas!"

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  3. O povo morreu. O povo não reage. O povo foi subornado com subsidios de migalhas. O povo quer é tratar da sua vida e, se possível, passar à frente do vizinho. O povo é cobarde. O povo é que vota nesses execráveis dejectos. O povo é o culpado pela situação. O povo tem o que merece. O povo que se foda, que se revolte...

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  4. Dr. Martins deixe-se dessa coisa de portugalidade. Até parece o Dr. Salazar a falar.
    Portugal vai falir dentro de pouco tempo. Só não vê quem não. Olhe o que diz Simon Johnson, ex economista do FMI. Portugal só é viável no seio da Ibéria e sem o inqualificado engenheiro técnico como 1º ministro.

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  5. Caro
    Dr. Martins,
    E também Caro Máfia Portuguesa, não posso estar nada de acordo com a teoria que diz, que apenas os franquistas é que foram uns torcionários e uns facínoras, é uma completa deturpação e acima de tudo uma completa falta de verdade história.
    Como agora estão na moda as "democracias", estas é que são "imaculadas", então tudo a que cheire a ditaduras ou regimes autoritários é obra do Diabo, "esquece-se", apenas, que esses regimes duros apareceram porque os regimes anteriores (muitas vezes "democratas"), tinham atingido tal estado de degradação, que as pessoas muitas vezes até desejaram esses regimes autorirários, pensar que apenas surgiram porque um único homem assim o quis é pura hipocrisia.
    Assim, convém perceber que Baltazar Garzon, como juíz, não estava a ser justo, pois apenas estava a investigar os crimes dos franquistas, ora, toda a gente que tem um mínimo de conhecimento histórico sobre a guerra de Espanha, sabe que não foram só os franquistas a cometerem crimes butais, os republicanos não lhes ficaram atrás, por exemplo, porque é que só se fala da morte de Garcia Lorca às mãos dos franquistas e não se fala da morte de José Primo de Rivera às mãos dos republicanos, ambos eram intelectuais e ambos se relacionavam, ou "esqueceram-se" disso???
    Será, que um ficou mais morto do que o outro? Ou as mortes dos nacionalistas e apoiantes do golpe franquista não contam para o Totobola???
    Eu tento sempre ser imparcial, tanto quanto possível, tento sempre ver a realidade dos factos e não aquilo que é posto na rua pela propaganda do regime em funções, por exemplo, quanto estagiava como fotógrafo num jornal já desaparecdo, isto antes de Abril de 74, o meu chefe de secção, tinha estado nessa guerra juntamente comum jornalista, ao serviço salvo erro do DN, e ele contava-me sempre o horror a que assistira, quando um dos bandos conquistava uma aldeia ou território inimigo, a população contrária era quase sempre fuzilada, isto com ambos os bandos, não nos esqueçamos, que não estamos a falar de uma guerra "normal", estamos a falar de uma guerra entre irmãos, como tal, carregada de ódios, de desejos de vingança, daí, que normalmente seja muito mais sanguinária do que as guerras convencionais.
    A realidade, é que dos cerca de 500 mil mortos que essa guerra causou, "só" cerca de um terço é que foi no campo de batalha, os restantes dois terços foram como resultado de retaliações de ambos os lados.
    Por isso, acho pouco apropriado, que um juíz, que se tem conta como paladino da verdade, esteja a ser parcial, apenas investigando um dos lados.
    Se quer investigar, então investigue os dois lados, que tem muito de investigar.
    Cumprimentos.

    LUSITANO

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  6. Então, quando é que o Presidente da República demite o Sócrates ?

    Depois da nojenta jogada do pequeno almoço com o Figo, que custou 150.000 contos,aos contribuintes, de que estará à espera Cavaco Silva ?

    Se o não demitir é seu cumplice e encobridor, ou seja, é da mesma laia.

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  7. Caro:
    Os massacres da guerra civil de Espanha não são genocídios. Nenhum povo, etnia, a tentar eliminar outro. Houve sim «ideocídio» cada um dos lados matou, todos os que eram do outro lado e lhe caiam nas mãos. Não houve diferenças qualitativas entre franquistas e vermelhos; quantitativas não sei, nem sei se será possivel saber.

    Exumar os corpos em sepulturas não dignas, certo; andar a ver onde estam as vítimas de um lado e esquecer as outras, é moralmente impróprio. A propósito lembro alguns livros, mais ou menos anti-comunistas que circulavam em Potugal no final dos anos 60, princípios dos 70: falavam dos massacres dos vermelhos, das igrejas e comunidades religiosas torturadas e assassinadas -e É VERDADE; Não falavam dos outros.

    Pena que tenham reaberto a ferida. Deviam dizer a todos que o fanatismo de TODOS foi o responsável, não andar a branquear uns e diabolizar outros. E julgar quem? Já morreram todos! A guerra foi em 36-39. Um assassino de 20 tem hoje aprox: 90, ou está morto.

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  8. Já agora, e a propósito, um exemplo de humor inteligente baseado em factos reais...

    http://www.youtube.com/watch?v=Ti-2SoHmEGc&feature=player_embedded

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